"Greve passiva” das forças de Segurança é fake news
O Governo de Goiás informa, por meio do GoiásEsclarece!, que a notícia que tem circulado no WhatsApp e demais redes sociais afirmando que as forças de segurança do Estado estariam iniciando “greve branca” – em função do até então não recebimento do salário de dezembro – e que “todos os servidores caminham para uma paralisação geral dos serviços públicos” não passa de uma fake news – ou notícia falsa.
#EmDetalhes
O GoiásEsclarece! conversou com José Virgílio, presidente da União Goiana dos Policiais Civis (Ugopoci) e integrante das coordenações do Fórum de Segurança Pública do Estado de Goiás e do Fórum em Defesa dos Servidores e Serviços Públicos do Estado de Goiás. Ele afirmou, categoricamente, que a informação não procede. Trata-se de um notícia falsa.
“Esse tema não foi discutido nos fóruns de Segurança e, portanto, trata-se de fake. Qualquer decisão relacionada à paralisação das forças de segurança, e dos servidores de um modo geral, só pode ocorrer após assembleia das categorias para deliberar sobre este fim. Essa assembleia não foi sequer convocada para tratar desse assunto. Eu faço parte do Fórum da Segurança Pública e do Fórum Geral dos Servidores, na coordenação de ambos, e não há essa deliberação”, afirma José Virgílio.
A Secretaria de Segurança Pública de Goiás e os comandos das policias Militar e Civil garantem que as forças atuam normalmente com o empenho e a dedicação de sempre, no sentido de promover a segurança do povo goiano e das instituições.
#Entenda
A notícia falsa alega que as polícias estão insatisfeitas com o atraso dos salários. O governo anterior sequer empenhou as remunerações dos servidores no mês de dezembro de 2018, transferindo o compromisso para a atual governador Ronaldo Caiado, que busca uma solução financeira para resgatar esse passivo.
Conforme nota oficial do Governo de Goiás, foram abertas na quinta-feira (17) negociações com o Fórum em Defesa dos Servidores e Serviços Públicos do Estado de Goiás para discutir o pagamento dessa folha de dezembro. A proposta do governo, com respectivo cronograma de pagamento, foi apreciada pelas entidades e recebeu uma contraproposta, que está sendo analisada pelo governo. Está agendada nova reunião sobre o assunto hoje, 18/01, às 14 horas, na Sefaz.
O secretário de Governo, Ernesto Roller pontua que “agora estamos num processo de diálogo e de convergência. De encontrar o ponto comum que atenda aquele binômio necessidade do servidor com a possibilidade do caixa”.
Segundo a proposta apresentada pelo governo de Goiás, os servidores receberão o salário de janeiro dentro do mês trabalhado (a partir do dia 21) e parcelamento do mês de dezembro de forma escalonada, priorizando os menores rendimentos, mês a mês, de março a agosto. O escalonamento segue a seguinte ordem salarial (valores líquidos):
Até R$ 3.500 recebem em março; de R$ 3.500 até R$ 4.800 em abril; de R$ 4.800 até R$ 6.100 em maio; de R$ 6.100 até R$ 8.800 em junho; de R$ 8.800 até R$ 17.400 em julho e acima de R$ 17.400 em agosto.
O governo de Goiás ressalta que toda a negociação com os servidores referente ao pagamento do passivo trabalhista deixado pelo governo anterior está sendo tratado com absoluta prioridade e transparência por parte do governador Ronaldo Caiado e sua equipe.
“Nós honramos e respeitamos o servidor público de Goiás. Por isso, estamos envidando todos os esforços da administração para, dentro da legalidade e das condições financeiras existentes, corrigir essa situação que, infelizmente, caracterizou a irresponsabilidade e a falta de compromisso do governo anterior com o servidor público de Goiás”, afirma o governador Ronaldo Caiado.